segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Legislativas 2009

Não sei se os portugueses têm noção da situação do seu país (como dizia ontem Martim Figueiredo, se Portugal fosse uma empresa estava à beira da falência), mas, ontem, ficou claro que querem viver em mais aprofundada democracia (um não claro a maiorias absolutas), sem derivas extremistas de quem ainda não compreendeu os problemas estruturais do país (não é possível uma maioria parlamentar ou com o PCP ou com o BE) e com uma confiança mitigada e limitada no estado e uma aposta racional no mercado e na livre iniciativa (o CDS é a terceira força política nacional e o grande vencedor da noite eleitoral). Será o equilíbrio entre o só estado (BE) e o nenhum estado (CDS) que os portugueses parecem ter pedido ao reconduzido primeiro-ministro. Encontrar a medial entre a necessária ajuda social e a indispensável criação de riqueza pela livre iniciativa privada e empresarial é a missão, que o espírito, avesso a radicalismos, dos eleitores, ontem confiaram a José Sócrates.
Exige-se agora dos políticos cultura democrática, maturidade política, responsabilidade adulta e serviço ao interesse nacional, mesmo que isso implique sacrifícios e, momentânea, quebra eleitoral. Pede-se que não cedam nem ao facilitismo nem ao amor à camisola partidária. Seria trágico para todos nós e uma traição aos mais de 60% que ontem se dignaram pensar Portugal.

1 comentário:

Unknown disse...

Tudo isto era óbvio demais. A história manda que o primeiro ministro ganhe sempre as próximas eleições (tirando claro o playboy Santana). O PS é claramente mais forte e agressivo (independentemente dos seus meios); o PSD nunca apresentou propostas concretas e objectivas (só criticou); o PCP encontra-se ultrapassado; o BE não arranja respostas quanto à forma de aranjar dinheiro para colocar os seus ideais em marcha; e o CDS/PP só teve de seguir um líder destemido, rigoroso, inovador e realista quanto às necessidades do país e suas soluções.
Como o meu amigo JAS diz: "Se na política houvesse transferências, como no futebol, há muito que o menino prodígio não estaria no CDS – e teria sido comprado pelo PSD."

Desculpa a minha insenção partidária tão frontal.