Com Paulo VI e com os textos ecuménicos do Vaticano II o diálogo entre as diferentes confissões cristãs sai reforçado e motivado. Sucederam-se os gestos carregados de simbolismo do papa Montini, principalmente com os irmãos ortodoxos, para os quais o papa se virou com uma profunda e sincera vontade de diálogo. São dois os gestos mais significativos. Em 6 de Janeiro, na cidade santa de Jerusalám, Paulo VI dá o beijo da paz ao patriarca Atenágoras. E, em 14 de Dezembro de 1975 (no décimo aniversário da reconciliação com Constantinopla), em plena Basílica de S. Pedro, Paulo VI, vestido com os paramentos litúrgicos, beija os pés do metropolita Melitone, o enviado do patriarca de Constantinopla, reparando assim o gesto do papa Eugénio IV que, no concílio de Ferrara-Florença (1431-1445), em nome de unificação das igrejas ocidental e oriental, obrigara o patriarca José II a beijar-lhe os pés.
O texto que hoje deixo aqui foi proferido por Paulo VI diante do Concílio, em 7 de Outubro de 1965, por altura da abolição recíproca das excomunhões de 1054 entre a igreja romana e a igreja oriental.
Afirmamos diante dos bispos reunidos em Concílio Ecuménico Vaticano II, sentir viva dor pelas palavras ditas e pelos gestos feitos naquele tempo e que não podem ser aprovados. Desejamos, além do mais, remover e banir da memória da Igreja, considerar completamente sepultada no esquecimento, a sentença de excomunhão imposta naquela época.
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
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