Nesta semana de oração pela unidade dos cristãos vou colocando aqui alguns textos significativos que desencadearam e aprofundaram a necessidade de tudo se fazer para colocar em prática a oração de Jesus: "para que sejam um só, como Nós somos" Jo 17, 11.
É de justiça referir que os pioneiros do movimento ecuménico foram os nossos irmãos protestantes. Por várias vezes eles convidaram os católicos a participarem em conferências, com as diferentes igrejas, para reflectirem e aprofundarem o movimento ecuménico. Como, por exemplo, para as de Estocolmo (1925) e de Lausanne (1927), mas os católicos recusaram sempre estar presentes. Ainda por cima, Pio XI, publicaria em 1928 uma encíclica em que manifesta a sua suspeita sobre aquele movimento e reafirma a doutrina tradicional, que basicamente consistia em culpar os outros pela divisão. João Paulo II homenageou aqueles pioneiros ecuménicos nas suas viagens à Suécia (país do bispo luterano Soderblom, que intercedeu imenso junto dos católicos pela sua participação no movimento) e à Escócia (lugar de um dos primeiros encontros entre igrejas cristãs - sem a católica - realizado em 1910).
Das muitas declarações significativas que aqueles encontros produziram transcrevo hoje uma que, pela sua concisão e pela sua assumpção de culpa, penso ser significativa. Foi produzida em Amesterdão em1948, no primeiro Conselho Ecuménico das Igrejas, ainda com a ausência da igreja romana. Eis o pequeno texto:
Somos Igrejas Cristãs que desde há muito não são compreendidas, são ignoradas e desfiguradas de modo recíproco; somos de países que por repetidas vezes estivaram em guerra, somos todos pecadores e herdeiros dos pecados dos nossos pais. Nós não estamos a corresponder à bênção que Deus nos deu.
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
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