sexta-feira, 31 de julho de 2009

Um Livro

Ontem comecei a ler um livro que há muito desejava: "Colóquios Nocturnos em Jerusalém". É um livro em que o cardeal Martini responde a diferentes perguntas feitas, na sua maioria, por jovens e que são colocadas pelo padre jezuíta Georg Sporschill.
Carlo Martini é italiano, tem oitenta e dois anos, é jezuíta e foi bispo de Milão (a maior diocese do mundo) de 1980 a 2002. Aos 75 anos resignou à sua diocese e foi viver para a casa da sua ordem religiosa em Jerusalém. A quando da morte de João Paulo II foi apresentado como um dos potenciais candidatos à sucessão do papa polaco.
O excerto que hoje trago aqui, desconfio, que será o primeiro de muitos porque as respostas do cardeal, como diz o padre Georg, co-autor do livro, "abrem a porta para uma Igreja audaz e credível".

Que perguntas faria a Jesus se tivesse essa possibilidade? Perguntar-lhe-ia se Ele me ama, apesar de eu ser fraco e ter feito tantos erros. Sei a resposta e, no entanto, gostaria de ouvir, dele uma vez mais, que Ele me ama. Perguntar-lhe-ia também se na morte me vai buscar, se me acolhe. Pedir-lhe-ia que nas horas difíceis, no despedir ou no morrer, me envie anjos, santos ou amigos, que me segurem a mão e me ajudem a superar os meus medos. Antes, como bispo e na responsabilidade da Igreja, ter-lhe-ia perguntado: Porque permites que exista um fosso entre numerosos jovens, sobretudo aqueles a quem não falta nada, e a Igreja? Esta tem todos os seus tesouros celestiais que pode oferecer aos homens. Porque é que os dois lados não se podem aproximar mais?

Outras pérolas ficam prometidas.

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