segunda-feira, 13 de julho de 2009
Hoje e amanhã são dois dias históricos na minha vida. Hoje, a minha sobrinha e afilhada Margarida faz um ano de vida. Nesta altura é naturalmente difícil dizer algo de muito substantivo sobre ela, mas é obrigatório deixar uma palavra de gratidão e estimulo aos seus pais, Maria João (minha irmã) e Ricardo. Estou cada vez mais convencido que ter um filho é uma decisão desinstaladora, corajosa e arriscada. Nunca mais aquela família e aquele casal serão os mesmos ao aceitarem no seu seio, no mais íntimo das suas vidas, uma nova pessoa que será sempre uma surpresa crescente, que nunca poderemos dizer que conhecemos e que nunca será de ninguém. Um mistério.
Quanto mais sabemos sobre os meandros biológicos de uma vida, sobre as suas regras concepcionais, sobre os seus mecanismos psicológicos, as suas radicais improbabilidades e os vemos racionalmente mais nos apercebemos como a opção de ter um filho é um incompreensível gesto de amor aberto de par em par, acolhendo o mistério do outro, do totalmente outro.
A Margarida, talvez só quando estiver na mesma situação, perceberá a sã loucura dos seus pais.
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1 comentário:
Eu cá por mim fico como treinador de bancada.
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