Estive em Coimbra algumas horas e recordei a primeira vez que Coimbra deixou de se me referenciar pelo Portugal dos Pequeninos, que era, na então escola primária, visita obrigatória. Foi no início dos anos noventa que fiz um acampamento nacional de escuteiros em Mira e conheci um agrupamento de Coimbra (os outros do meu grupo eram de Ovar, Nogueira do Cravo e, penso que de Braga). Lembro-me de muitas das suas faces e fiz, então, duas grandes amigas: a Sandra e a Sofia Bajouca. Ainda nos encontramos algumas vezes e com elas descobri Coimbra. Na sexta voltei a entrar na Igreja de Santa Cruz e no seu claustro manuelino, voltei a admirar os túmulos dos dois primeiros Reis de Portugal e a deliciar me com o púlpito renascentista de Chanterenne. Passei o Arco de Almedina, subi a rua do Quebra-Costas e revisitei a austera e delicada Sé Velha de Coimbra e o mais antigo claustro gótico português. Desci a Rua José António de Aguiar e apreciei a decadência quase arruinada da medieval Casa-Nau. Quando estive em Válega voltei a visitar algumas vezes Coimbra porque tinha paroquianos a estudar na sua universidade. Assim, em Coimbra recordei tantos amigos, muitos de quem perdi o contacto. Mas em Coimbra são muitos que recordam a saudade e que lá voltam de olhar desperto porque em cada recanto pode haver um reencontro. Por isso, nunca deixo de regressar a Coimbra.




Em Viseu revivi a infância, mas saboreei o presente como um adulto.
1 comentário:
Já andei tanto por Portugal, e na realidade essas duas cidades nunca fizeram parte do meu roteiro patriota. A cidade de Coimbra será possivelmente uma das cidades com mais simbolismo, mais recordações e que deixa mais saudade a todos aqueles que a viveram.
Um dia quem sabe...
Enviar um comentário