Na primeira Páscoa (a judaica) descobre-se um Deus que não aceita a opressão: "Cantemos ao Senhor que Se Revestiu de Glória" cantávamos há pouca horas plenos de entusiasmo em Vigília Pascal.
Na Páscoa que hoje celebramos (a de toda a humanidade) percebemos que Deus não tolera a morte. Que Deus não abandona ninguém ao poder absurdo de uma vida para a morte definitiva. Que Deus não deixa cair no abismo do vazio o sangue de um inocente, o sangue de um justo, o sangue de um amante. Deus hoje diz-nos claramente: "Esse Jesus a quem tantas vezes o abandonais, o traís, e, cansados de esperar, regressais à antiga vida. A esse Jesus a quem tantas vezes pretendestes silenciar o seu modo de ser e falar está vivo e é o único futuro. Jesus é o futuro! Este é o primeiro dia de uma nova criação que está nas vossas mãos tornar possível. Por isso, Ele, o meu Filho, está convosco vivo e companheiro".
A Páscoa é o rasgar dos nossos limites, é o não nos contentarmos com um cadáver, é o não aceitarmos os factos consumados, é o não pactuarmos com as fronteiras e os limites porque o que nos constitui homens é esta insatisfação permanente, é esta vontade de ir mais além, é esta vontade de transgredir todas as metas. E a Ressurreição de Jesus diz-nos que estamos abertos ao infinito, que estamos lançados para um futuro maior, que estamos lançados para a eternidade e que é por isso que nada aqui nos enche, nada nos sacia, nada nos realiza porque a nossa pátria e o nosso tempo são a grande manhã de Páscoa feita pelas mãos de Deus. Este é o oitavo dia. Este é o verdadeiro dia criado pelas mãos de Deus. Para um dia assim todos nós nascemos. Por isso, VIVA A VIDA!
Para todos os amigos que aqui se abeiram uma Santa Páscoa.
domingo, 12 de abril de 2009
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1 comentário:
Esta PÁSCOA é um novo recomeçar...
Novo, porque nos propomos um caminho renovado, liberto dos obstáculos que descobrimos na caminhada, recém terminada, da quaresma!
Recomeçar, porque conscientes dos erros e limitações que embaraçavam o percurso e embargavam o nosso sim diário.
Ousar alargar os nossos próprios limites, querer ver no Cristo Ressuscitado o guia e mestre.
Ao meu amigo, que esta Páscoa lhe permita o reencontro com o homem novo que se propôs ser à imagem do Ressuscitado!
Obrigada!
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