Ao contemplarmos Aquele que trespassaram podemos pensar que foram as suas dores e a sua morte que nos salvaram. Mas não! Foram o seu amor, a sua entrega, a sua lealdade ao Pai e a sua amizade a cada um de nós ("Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos seus amigos". Jo 15, 13) que nos curaram. Eramos habitantes do limite. E o maior limite era a morte. Hoje celebramos e recordamos a transformação do limite em limiar. Aí se abrem todos os horizontes. Num tempo em que os horizontes parecem carregados e sem perspectivas, eis que o mistério da cruz (não um enigma que se decifra, mas um mistério) nos convida a entrar no seu íntimo, a interrogar, a guardar silêncio e a acreditar na possibilidade da vida.
Há cinco anos, em Válega, celebramos a paixão com uma linguagem original, com profundidade reflexiva, com densidade de sentido (com arte). Oferecemos o que jamais tinham visto. Recusamo-nos a repetir. Trago essa recordação aqui porque encontrei algumas fotos dos ensaios que enriqueceram este dia. Que pena que o belo nem sempre faça tradição.
sexta-feira, 10 de abril de 2009
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1 comentário:
Eu não sou pessoa de escrever comentários nestes espaços, normalmente faço-o pessoalmente, mas esta postagem faz-me reviver a minha melhor quaresma e a minha melhor pascoa vivida até hoje.
Tu és um grande amigo que tens caminhado ao meu lado dando-me as orientações necessárias e o apoio que necessito.
Lamento que se regressem a tradições antigas sem significado e que não se valorize aspectos e actividades de maior relevância e que permitiam uma maior reflexão. Parabens por tudo que fizeste e que ainda hoje fazes. Agradeço a Deus por te ter colocado no meu caminho.
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