E passaram oito dias sobre a manhã de Páscoa e voltamos ao ritmo das nossas vidas. Voltamos àquela percepção de que nada mudou, de que o mundo continua mergulhado nas suas já longas e profundas feridas que nenhum desenvolvimento se mostra capaz de sarar, de que este país aprofunda a sua histórica melancolia que lhe impede de olhar o horizonte como desafio e que resignadamente apenas aponta para as nuvens negras que se levantam.
Foi uma semana sem história em que alguns me escreveram contando seus sucessos pessoais e muitos me pediram ajuda para os salvar de naufrágios iminentes. Cada vez estou mais certo que precisamos da salvação que nos vem do alto. Só ela nos possibilita olhar o outro como um irmão, a sentir o sofrimento alheio e a querer ser protagonista da solidariedade, da bondade e da caridade. Só ela nos alimenta a esperança.
Termino este texto oferecendo-vos uma curta metragem premiada que descobri no insubstituível blog de Laurinda Alves. Para o entender é necessário saber inglês, mas se não for esse o seu caso peça a alguém que saiba que partilhe três minutos consigo. E se mesmo isso não for possível, veja na mesma, as imagens e a música valem a pena. É só clicar em baixo.
Nenhum homem é uma ilha
sábado, 18 de abril de 2009
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