Depois de vigiar, abrir o meu castelo e deixar que ele seja invadido por todos, o que me falta? O que me falta para que Ele venha e acampe no nosso meio?
Não devo esperar uma vinda esplendorosa, cheia de luz, efeitos especiais e espaciais. Mais. Não devo esperar uma vinda fora de mim, distante do meu castelo interior e longe da minha colaboração, ajuda e decisiva palavra afirmativa.
Leiamos com atenção esse texto a que chamamos anunciação: os verbos das palavras do anjo estão na sua maioria no futuro porque a realização de tudo depende decisivamente da palavra e da acção de Maria, da sua atitude e da sua busca, da sua fé e da sua ajuda. Quando Maria terá percebido que realmente estava grávida do Filho de Deus? Quando ajudava a sua prima Isabel, depois de ter percorrido uma longa e perigosa viagem pelas montanhas.
Neste último domingo de advento compreendo que a possibilidade de Jesus vir à minha vida, à dos meus e à do mundo depende da minha fé-serviço, da minha confiança-ajuda, das minhas palavras-activas. Não somos simples observadores da gestação maternal de Maria. Esse tempo já passou há muito. Hoje em nós ou cresce ou esse menino nunca será realidade, só história. Hoje não é em Maria que se gera o filho de Deus. Ou é em nós, na nossa vida, no nosso serviço, no interior mas recôndito do nosso castelo ou não se gera, não cresce nem nunca nascerá por mais luzes que acendamos, cânticos que cantemos, missas que celebremos, prendas que troquemos. O cristão não anda a recordar e a celebrar um passado, mas a actualizar e a dizer faça-se em mim, em nós segundo o Teu sonho. Não estamos em época de anjos nem de castelos encantados mas no tempo em que a salvação vem e passa por nós ou não deixará de ser um conto de crianças em que já nem elas acreditam.
Não devo esperar uma vinda esplendorosa, cheia de luz, efeitos especiais e espaciais. Mais. Não devo esperar uma vinda fora de mim, distante do meu castelo interior e longe da minha colaboração, ajuda e decisiva palavra afirmativa.
Leiamos com atenção esse texto a que chamamos anunciação: os verbos das palavras do anjo estão na sua maioria no futuro porque a realização de tudo depende decisivamente da palavra e da acção de Maria, da sua atitude e da sua busca, da sua fé e da sua ajuda. Quando Maria terá percebido que realmente estava grávida do Filho de Deus? Quando ajudava a sua prima Isabel, depois de ter percorrido uma longa e perigosa viagem pelas montanhas.
Neste último domingo de advento compreendo que a possibilidade de Jesus vir à minha vida, à dos meus e à do mundo depende da minha fé-serviço, da minha confiança-ajuda, das minhas palavras-activas. Não somos simples observadores da gestação maternal de Maria. Esse tempo já passou há muito. Hoje em nós ou cresce ou esse menino nunca será realidade, só história. Hoje não é em Maria que se gera o filho de Deus. Ou é em nós, na nossa vida, no nosso serviço, no interior mas recôndito do nosso castelo ou não se gera, não cresce nem nunca nascerá por mais luzes que acendamos, cânticos que cantemos, missas que celebremos, prendas que troquemos. O cristão não anda a recordar e a celebrar um passado, mas a actualizar e a dizer faça-se em mim, em nós segundo o Teu sonho. Não estamos em época de anjos nem de castelos encantados mas no tempo em que a salvação vem e passa por nós ou não deixará de ser um conto de crianças em que já nem elas acreditam.
2 comentários:
Fantástico!!!
Quase podia dizer que estava a ouvir pela primeira vez o sentido das palavras ditas por Maria ao anjo...
Como ser uma pequena Maria nos dias de hoje e dar, tal como ela, Jesus a cada um que se cruza no caminho? Como assumir que quero repetir o sim radical de Maria na minha vida diária? Será através da coerência dos actos e palavras, será descobrir diariamente que a Palavra é contemporânea, não faz parte do passado, mas da história diária da minha vida.
Obrigada, delirei com a mensagem!!!
É estranho nos dias de hoje ler estas tuas mensagens (és mesmo estranho neste mundo). As tuas palavras demonstram a tua força, esperança e vontade na contínua caminhada da fé.
Identifico-me bastante com o que disseste:
- "...simples observador da gestação maternal de Maria.";
- a ausência de "...fé-serviço, da minha confiança-ajuda, das minhas palavras-activas.";
- "Hoje não é em Maria que se gera o filho de Deus. Ou é em nós, na nossa vida, no nosso serviço, no interior mas recôndito do nosso castelo ou não se gera, não cresce nem nunca nascerá por mais luzes que acendamos, cânticos que cantemos, missas que celebremos, prendas que troquemos."
Mais uma vez afirmo: és estranho neste mundo.
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