Acabo de chegar da eucaristia do domingo dentro da oitava do Natal, em que se celebra a solenidade da Sagrada Família de Jesus, Maria e José. E como sempre lá tiveram os cristãos que escutar os terríveis diagnósticos eclesiásticos sobre o estado da família; as loas ingénuas ao exemplo da família de Nazaré (?); o anúncio carregado de “novidade” sobre a crise da instituição familiar. Enfim, o habitual chorrilho de lugares comuns ou de piedades pífias ou de lições de quem não faz a mínima ideia do que é hoje ser pai e mãe de família.
O que é mais grave é que muitos desses pregadores não se detenham a reflectir sobre o verdadeiro pensamento de Jesus sobre a família, sobre a sua relação com a sua família, sobre o tipo de família que é consequência do discurso cultural e religiosamente revolucionário de Jesus. Isso sim seria muito mais útil, evangélico e, de certeza, mais escutado.
Para Jesus a família é o local onde sou chamado a aprender a viver em família com uma família maior, a humana. Como diz Bento Domingues hoje no Público: “O que Jesus diz aos seus é muito simples: aprendam a fazer família com quem não é da família”. Isto sim é uma nova notícia. Isto sim é cristianismo. Isto sim é novidade de Natal.
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1 comentário:
Também concordo que nos deviamos fixar nas virtudes que é possivel alcançar por aqueles que resistem aos modelos gastos e se empenham na construção diária do ser família!
Sempre com Jesus no meio, mas não esquecendo aqueles que fazem parte da nossa familia espiritual, a dos filhos de Deus.
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