Neste advento proponho-me a imagem do castelo que é cada um de nós. Dizia Santa Teresa de Ávila que somos como que um castelo medieval cheio de recantos e passagens secretas. Mas o Advento não é um tempo para nos fixarmos penitencialmente no nosso interior. Este é o tempo para usarmos o nosso castelo para olhar para fora, olhar o horizonte, subir à torre de menagem e vigiar. Não uma vigia assustada pela possível chegada do inimigo, mas a vigia desejosa e esperançada pelo amigo que não vemos há muito, pelo filho que estuda a semana toda fora, pelo marido que vem das obras em Espanha, pelo amado ou amada que sempre nos faz esperar mesmo quando chega a horas, pelo filhos em geração no seio de sua mãe…
Quem espera seja quem for, incluindo o nosso Deus que tantas vezes desejamos que rasgue o céus e desça, não adormece no passo rotineiro dos dias e das relações mas perscruta todos os sinais em redor tentando discernir já a sua presença. Eduquemos o nosso olhar para aprendermos a ver ao longe e ao largo Aquele que vem e está sempre…
Não o sentimos nós quando esperamos o que amamos já tão vivo e presente em nós? Perguntemos às mães e elas nos ensinarão a vigiar.
domingo, 30 de novembro de 2008
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1 comentário:
Apesar da busca incessante pelo sentido da nossa vida ser diária, nestes dias vamos mais fundo.
O apelo a consolidar as razões da nossa fé é mais intenso (como que um pedido do próprio Deus).
Não basta declarar que acreditamos, é preciso sentir que assim o é, e buscar as razões no mais profundo de nós, não para que os outros acreditem, mas para dar sentido à nossa própria existência, para ser possível continuar sem vacilar.
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