Estou de regresso a este espaço, reconfortado por um fim-de-semana de sol na nova Pousada do Porto, no Palácio do Freixo. Imaginem que ainda há dois dias atrás estava a tomar um banho refrescante na belíssima piscina verde sobre o rio Douro.
Vale a pena passear pelas salas barrocas deste palácio, tomar um copo no jardim primorosamente enquadrado ou simplesmente ler um livro no passadiço suspenso sobre o rio. Recordo que alguns destes espaços podem ser visitados e desfrutados por qualquer pessoa que queira simplesmente ver como ficou este espaço monumental da cidade do Porto, durante anos fechado ao público.
Se calhar, alguns dos meus leitores gostariam que eu comentasse as inusitadas declarações de José Saramago. Quem me conhece sabe que o li com muito agrado no Memorial do Convento e na História do Cerco de Lisboa e que deixei de o ler quando foi (e continua a ser) desonesto intelectualmente ao abordar questões bíblicas. As frases avulsas que li na comunicação social reforçam a minha opinião sobre a leveza, a superficialidade e o fundamentalismo com que Saramago aborda esse mundo literário que é a Bíblia. É intrigante como um homem das letras lê um conjunto de livros (Bíblia) à letra, ao melhor estilo dos fundamentalistas judeus, cristãos ou muçulmanos. Na verdade, todos os fundamentalismos crentes ou ateus são autistas, simplórios e básicos no seu olhar sobre o mundo. O Nobel português lê a Bíblia ao pior estilo dos pregadores de uma qualquer igreja universal do reino de deus. E parece que com o mesmo objectivo: fazer um bom negócio. E isso é muito triste e o ilustre habitante de Lanzarote não precisava de tais métodos. Lamentável.
Tolentino de Mendonça aborda com pertinência as declarações aqui
terça-feira, 20 de outubro de 2009
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