Tem sido uma semana muito preenchida. Hoje é o primeiro dia em que estou em casa dedicado às minhas leituras.
Na segunda de manhã reuni com a irmã Aurora, directora do Colégio Luso-Francês. Conhecia-a de vista, mas nunca tinha tido a sorte de conversar pessoalmente com ela. Tolerância cristã, evangelização inclusiva, abertura ao mundo e uma atenção carinhosa pela educação das novas gerações pautaram as suas palavras. Uma verdadeira mulher da Igreja. Fui ainda à Escola Pêro Vaz de Caminha onde reencontrei as dedicadas, atenciosas e amigas funcionárias da secretaria. Foi bom sentir o seu carinho por alguém que apenas ali trabalhou um ano lectivo. Fui ainda almoçar a casa da minha mãe que já não via há muito.
Na terça-feira fui ao centro da saúde pedir análises e um RX requisitados pela médica das alergias. É ridículo este sistema que nos obriga a encher os centros de saúde e a tirar o lugar a doentes reais por causa de um papel que nos dá direito à comparticipação do estado para aqueles exames de diagnóstico. Gostava que me explicassem porque é que o médico privado não pode passar esses exames já com a comparticipação estatal.
Fui ainda à loja do cidadão. É impressionante olhar as dezenas de pessoas à espera da sua vez. A sua maioria ou para as finanças ou para a segurança social. A imagem de um país sempre à espera! A imagem de um estado que aos que o sustentam e aos que mais necessitam trata-os sempre da mesma forma: com sobranceria e distância.
Ainda na terça, voltei ao Porto para tirar uma fotografia de família para a minha mãe levar para o meu tios e os meus primos no Brasil. Tudo terminou com um jantar de família há muito desejado e, claro, com a televisão desligada. Sempre. Foi muito agradável.
Ontem voltei ao Porto para fazer o RX e tive um fim de dia memorável, em Válega. Passei pela sua residência paroquial para trazer algumas coisas que ainda lá tinha deixado em 2005. Foi um momento muito gratificante rever uma casa que ajudei a reconstruir e um amigo que vai edificando uma comunidade, algo de muito mais difícil.
Depois visitei um casal (Manuel e Fernanda) que iam celebrar as suas bodas de prata. Foi uma surpresa preparada pela sua filha Catarina. Foi bom estar com eles e com os seus numa hora tão significativa e sentir que existem coisas que o tempo e a distância não apagam.
Depois, jantei com outro casal (Álida e Carlos), este com quem tenho estado mais vezes , que também celebravam as suas bodas de prata. Eles fazem parte de uma família que me tem acarinhado muito para além do meu merecimento.
Nestes dois convívios reencontrei tanta gente que não via há muito e partilhamos palavras, gestos e afectos sinceros, sinais de que o nosso cruzar de vidas, no passado, nos marcou mutuamente de forma tão profunda que nunca nos esqueceremos.
Só destaco a mesa em que me colocaram, no jantar: a da juventude. Conversamos horas a fio: eu, o Ricardo, a Cristina e a Tatiana. Falamos de tantas coisas. Se calhar monopolizei a conversa (não há maneira de me controlar), mas senti de novo o que sempre gostei no diálogo com os jovens: a sinceridade, o sonho, a transparência de sentimentos, o valor da amizade e da fidelidade.
Obrigado pelos convites, sem eles nada disto teria (re)vivido. Que mais momentos assim se proporcionem. E, mais uma vez, muitos parabéns aos aniversariantes.
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
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