
É um filme claramente pós-moderno na sua iconografia, na abordagem da sua história (que é também a sua grande virtude) e na orientalidade da sua conclusão: é o destino. No entanto, bate os seus adversário ao Óscar de melhor filme pela sua estonteante montagem, pela não aparente profundidade do seu argumento e pela original forma de ler a história pessoal das suas personagens.
Num mundo tão desencantado e cada vez mais cínico sabe bem voltar a acreditar no valor da verdade; a reafirmar o vazio da alienação do dinheiro, da vaidade ou do sucesso televisivo; e a apostar no poder redentor do amor. Penso que é por isso que este filme tem sido um sucesso: é uma lufada de fresca esperança.
1 comentário:
Mais uma vez fui ao cinema de graça, e optei por ver o filme em questão. Desde já digo-te, que ficarei contente caso não ganhe o Óscar para melhor filme. Porquê?
O filme é fantástico na sua banda sonora e em especial nas várias cenas que correm pelas únicas ruas de Bombaim. No entanto não concordo que o argumento seja fantástico para ganhar uma estatueta, mas sim pouco original (o pobre rapaz luta contra tudo e contra todos, para ficar com o seu amor) e meio realista (India não é só aquilo que vimos, e todos nós o sabemos). Gostava de ver este filme com outro argumento, com outra visão, mas com a mesma velocidade e adrenalina de determinados momentos. Danny Boyle já esteve melhor, ele sabe-o.
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