"Hão-de olhar para Aquele que trespassaram". (Jo 19, 37)
Hora de contemplar, de ver com olhos de ver, de olhar para lá do visível, mas sempre a partir do visível e, finalmente, perguntar como vejo, isto é questionar o meu olhar, logo a minha vida.
As fotografias que tenho deixado são esculturas do artista Josep Subirachs que, em 1989, começou a trabalhar na Fachada da Paixão do Templo Expiatório da Sagrada Família, em Barcelona. Gaudí projectou a fachada da Paixão enquadrada por uma estrutura de ossos mortos, com “o efeito mais tétrico”. Subirachs consegue-o através de um crescendo de dramatismo de um caminho ascendente, que começa à esquerda do plano inferior com a Última Ceia (reproduzido no post de ontem), avançando para a direita, ascendendo em ziguezague até ao segundo e terceiro níveis. Culmina a narração e o conjunto com a Crucificação, baixando depois ao Sepulcro.
A minha escolha musical de hoje é óbvia: o "Crucifixus" do Credo da Missa em Si menor de Bach. Uma obra prima.
Aproximam-se as 15horas. Desde de criança, tal como a minha mãe me ensinou, recolho-me num minuto de silêncio. E que silêncio!
sexta-feira, 2 de abril de 2010
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