A festa do tempo comum da Santíssima Trindade é a festa da responsabilidade social do cristão. Não é por acaso que o Evangelho de hoje é o envio em missão dos cristãos para baptizarem os homens em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, em nome do seu Deus: um Deus que é diversidade, que é diferença e que nessa diferença faz unidade. É a festa da responsabilidade social porque o cristão é chamado a construir no mundo esta unidade. Uma unidade que não tolera as diferenças mas que as acolhe porque elas são a radical riqueza da humanidade. Acolhe as diferenças culturais, religiosas, sociais, económicas, políticas porque todas elas nos definem, enriquecem e distinguem como humanidade.
Somos imagem e semelhança do Deus trino e uno: somos uma só natureza (humana) e uma diversidade de pessoas. Só viveremos numa comunhão total com Ele quando formos capazes da comunhão. Somos a Igreja do Pai e do Filho e do Espírito Santo, mas só seremos protótipo para a humanidade de uma comunidade de irmãos e irmãs quando não houver vigários de Cristo, estruturas piramidais e exclusivistas, quando as comunidades forem locais de liberdade de opinião e de celebração verdadeiramente comunitária e integradora sem subordinações e com um verdadeiro espírito de comunhão.
Celebrar a Santíssima Trindade é erguer para o Pai e o Filho e o Espírito Santo uma sentida oração pela convivência humana e pela renovação comunitária da Igreja de Cristo. Se nos limitarmos, neste dia, a piamente contemplar o mistério trinitário sem extrair consequências activas pela unidade na diversidade da humanidade e pela renovação da comunhão eclesial contribuímos para a indiferença de uma maioria e para irrelevância de uma minoria alienada e descomprometida.
domingo, 7 de junho de 2009
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