O tempo pascal está a chegar ao fim e a celebração da Ascensão de Jesus, à luz do Evangelho deste domingo (Lc 24, 46-53), recorda-nos o lema que escolhi para o tempo pascal deste ano: De Portas Abertas... E recorda-nos porque Jesus acrescenta, à necessidade da sua morte e ressurreição, uma nova necessidade derivada daquelas: o anúncio da Palavra. O abrir as portas.
E abrir as portas para anunciar a conversão e o perdão. Que conversão? A da forma religiosa, legal e justiceira de entender Deus que foi denunciada pela morte e ressurreição de Jesus de onde brotou a verdadeira face de Deus: amor. Que perdão? Aquele que se obtém quando quem ama, ama super-abundantemente (onde abunda o pecado, super-abunda o perdão), tal como a morte e ressurreição de Jesus assim nos revelam. Assim nos ama o Pai que nos perdoa porque não imaginamos o que fazemos...
Ser testemunha disto é a nossa missão. Para isto, se faz Páscoa. Para isto anunciar temos que estar de portas abertas ao mundo e à nova presença de Jesus que celebramos neste dia.
Jesus parte para ficar, a toda a hora, com todas as suas testemunhas. Jesus parte para não ser propriedade de ninguém. Jesus parte para não ser parte exclusiva de nenhuma nação, cultura, ideologia, igreja. Parte para poder germinar no local do mundo verdadeiramente real: o coração de cada homem e mulher. E nós temos que ser disso testemunhas, anunciadores, abençoadores.
Eis a grande notícia deste dia: Nós não estamos sós. Não somos órfãos. A Sua ausência é uma presença maior. A Sua ausência é um desafio à missão. A Sua ausência é um desafio à vivência profunda, espiritual e comprometida da nossa fé. A Sua ausência que é presença no coração homem, é desafio a não deixarmos de servir o outro. A Ascensão de Jesus, coloca-o no coração do mundo e lança-nos definitivamente ao encontro do Homem.
domingo, 16 de maio de 2010
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