Hoje li um artigo interessantíssimo no site do Jornal Público da passada segunda-feira. Um teólogo português, Miguel Farias, investigador da Faculdade de Teologia da Universidade de Oxford, publicou na última edição da revista Pain um trabalho de uma equipa de crentes e não crentes que demonstra que as pessoas com fé toleram melhor a dor do que as não religiosas.
A experiência consistiu em comparar a actividade cerebral de um grupo de doze crentes com outro de doze não crentes para ver como reagiam a estímulos dolorosos. Assim os dois grupos observaram durante trinta segundos um quadro de cariz religioso e de seguida, ainda com o quadro projectado, cada pessoa recebia na mão, durante doze segundos, uma série de impulsos eléctricos. Ao mesmo tempo era registada a actividade cerebral de cada paciente pela técnica da ressonância magnética funcional. O mesmo processo foi aplicado no visionamento de um quadro de cariz neutro.
Da análise dos registos cerebrais conclui-se que as pessoas religiosas apresentaram níveis mais elevados de actividade do que as outras, numa região do cérebro, o córtex pré-frontal, que tem a ver com os processos cognitivos, isto é, conscientes. "A sua experiência religiosa também foi afectiva, mas não só", frisa Miguel Farias, citado pelo jornal.
Mais interessantes foram as diferentes respostas de cada elemento dos grupos à questão sobre a utilidade das imagens para lidarem com as dores: os crentes sentiram, diante do quadro religioso, menos dores que os não crentes; e diante do quadro laico referiram níveis de dor comparáveis. “O que aconteceu, afirmam os investigadores, foi que as pessoas religiosas conseguiram diminuir a associação dor/sofrimento activando processos cerebrais que tornaram a dor subjectivamente mais suportável. O processo de crença religiosa altera o estado de consciência, neste caso a percepção da dor”.
Outras questões são levantadas no referido artigo que valem a penas ser lidas, basta ir o site http://www.publico.pt/.
Este post já vai muito longo mas não resisto em colocar, sem mais comentários, as imagens que serviram de estímulo à referida experiência.
A experiência consistiu em comparar a actividade cerebral de um grupo de doze crentes com outro de doze não crentes para ver como reagiam a estímulos dolorosos. Assim os dois grupos observaram durante trinta segundos um quadro de cariz religioso e de seguida, ainda com o quadro projectado, cada pessoa recebia na mão, durante doze segundos, uma série de impulsos eléctricos. Ao mesmo tempo era registada a actividade cerebral de cada paciente pela técnica da ressonância magnética funcional. O mesmo processo foi aplicado no visionamento de um quadro de cariz neutro.
Da análise dos registos cerebrais conclui-se que as pessoas religiosas apresentaram níveis mais elevados de actividade do que as outras, numa região do cérebro, o córtex pré-frontal, que tem a ver com os processos cognitivos, isto é, conscientes. "A sua experiência religiosa também foi afectiva, mas não só", frisa Miguel Farias, citado pelo jornal.
Mais interessantes foram as diferentes respostas de cada elemento dos grupos à questão sobre a utilidade das imagens para lidarem com as dores: os crentes sentiram, diante do quadro religioso, menos dores que os não crentes; e diante do quadro laico referiram níveis de dor comparáveis. “O que aconteceu, afirmam os investigadores, foi que as pessoas religiosas conseguiram diminuir a associação dor/sofrimento activando processos cerebrais que tornaram a dor subjectivamente mais suportável. O processo de crença religiosa altera o estado de consciência, neste caso a percepção da dor”.
Outras questões são levantadas no referido artigo que valem a penas ser lidas, basta ir o site http://www.publico.pt/.
Este post já vai muito longo mas não resisto em colocar, sem mais comentários, as imagens que serviram de estímulo à referida experiência.
Sem comentários:
Enviar um comentário