Un Encuentro sobre la Felicidad, Coca-Cola from perpleja on Vimeo.
quarta-feira, 23 de junho de 2010
Por Entre Medievais
Continuo a estudar (com muita pouca vontade) para filosofia medieval porque tenho o seu exame na segunda-feira. Quando não tenho que ir ao colégio passo o dia sozinho em casa à volta de Agostinho, Boécio, Anselmo e Tomás de Aquino e do livre arbítrio humano em conjugação com a presciência de Deus. Antes gostava muito deste silêncio, hoje sinto falta da minha Mafalda. Não posso perder o pé aos meus dias porque eles passam a correr, tal como a vida. Para ela deixo aqui este lindíssimo spot publicitário porque existir é a melhor coisa da vida. Não há crises mas oportunidades. Não posso perder esta de te ter.
segunda-feira, 21 de junho de 2010
Começar Bem a Semana
Têm sido dias muito intensos: reuniões de avaliação, vigilância de exames, exames na faculdade (ainda me faltam quatro), as lides domésticas e paternas e mais as habituais surpresas. Por isso, não tenho tido disponibilidade mental para aqui vir. E venho hoje porque encontrei este vídeo carregado de esperança e confiança no homem. Quando ele quer todos têm lugar e com todos aprendemos imenso. Uma boa semana. Vou tentar passar mais algumas vezes por aqui.
Imagine Glee from Daniel Reigada on Vimeo.
domingo, 20 de junho de 2010
XI Domingo do Tempo Comum
Vivemos uma época de opinião. Quase todos opinamos sobre quase tudo. Atente-se nos fóruns radiofónicos e televisivos, leia-se (para quem tiver paciência) os imensos comentários a notícias na internet, os blogues sobre tudo e mais alguma coisa, sondagens, inquéritos, tertúlias, etc. Tudo isto mostra o império da opinião, que nem sempre é o da razão.
Mas falo deste assunto porque no evangelho de hoje (Lc 9, 18-24) Jesus lança uma dupla questão que mantém hoje uma actualidade pertinente e reflexiva: "Quem dizem as multidões que eu sou? (...) E vós, quem dizeis que eu sou?". À primeira questão ainda hoje, tal como então, são muitas as opiniões sobre Jesus das mais desvairadas às mais ortodoxas, passando pelas de maior ou menor indiferença. Mas a questão decisiva é a segundo que ele lança aos seus discípulos de hoje. E aqui peço desde já calma, não respondam tão depressa, não citem qualquer fórmula que não sabem o que quer dizer nem o que implica, não tragam as respostas infantis para alegrar catequistas ou o senhores padres, não se apressem, como fez Pedro, em debitar lugares comuns ou expectativas messiânico-religiosas.
Porquê? Porque Jesus, logo a seguir à impetuosa resposta de Pedro, mais que uma opinião sobre si pretende uma vida consigo. Jesus rejeita respostas aprendidas e memorizadas (lembram-se das fórmulas na catequese?) porque dizer quem ele é, dizer o que ele significa para mim, dizer o espaço que ele ocupa na minha vida só tem uma forma de se fazer: vivendo como quem dá, como doação, como entrega, como aparente perda.
Quem quiser andar com Jesus, caminhar com ele só tem um caminho: renunciar a si próprio, tomar a cruz todos os dias e segui-lo. Isto é, amar. Sim amar porque amar é renunciar a si próprio, amar é cruz, é sacrifício, é esquecimento de si, é doação, é oblação.
A resposta do cristão à pergunta de Jesus - Quem dizes que eu sou? - não é uma questão de opinião, mas de vida vivida e implicada na resposta diária a que cada um de nós é chamado. E isto é para todos (não só para alguns iluminados ou escolhidos) e para todos os dias (não só para alguns dias de festa ou algumas horas de rito religioso).
Mas falo deste assunto porque no evangelho de hoje (Lc 9, 18-24) Jesus lança uma dupla questão que mantém hoje uma actualidade pertinente e reflexiva: "Quem dizem as multidões que eu sou? (...) E vós, quem dizeis que eu sou?". À primeira questão ainda hoje, tal como então, são muitas as opiniões sobre Jesus das mais desvairadas às mais ortodoxas, passando pelas de maior ou menor indiferença. Mas a questão decisiva é a segundo que ele lança aos seus discípulos de hoje. E aqui peço desde já calma, não respondam tão depressa, não citem qualquer fórmula que não sabem o que quer dizer nem o que implica, não tragam as respostas infantis para alegrar catequistas ou o senhores padres, não se apressem, como fez Pedro, em debitar lugares comuns ou expectativas messiânico-religiosas.
Porquê? Porque Jesus, logo a seguir à impetuosa resposta de Pedro, mais que uma opinião sobre si pretende uma vida consigo. Jesus rejeita respostas aprendidas e memorizadas (lembram-se das fórmulas na catequese?) porque dizer quem ele é, dizer o que ele significa para mim, dizer o espaço que ele ocupa na minha vida só tem uma forma de se fazer: vivendo como quem dá, como doação, como entrega, como aparente perda.
Quem quiser andar com Jesus, caminhar com ele só tem um caminho: renunciar a si próprio, tomar a cruz todos os dias e segui-lo. Isto é, amar. Sim amar porque amar é renunciar a si próprio, amar é cruz, é sacrifício, é esquecimento de si, é doação, é oblação.
A resposta do cristão à pergunta de Jesus - Quem dizes que eu sou? - não é uma questão de opinião, mas de vida vivida e implicada na resposta diária a que cada um de nós é chamado. E isto é para todos (não só para alguns iluminados ou escolhidos) e para todos os dias (não só para alguns dias de festa ou algumas horas de rito religioso).
domingo, 6 de junho de 2010
X Domingo do Tempo Comum
No evangelho de hoje (Lc 7, 11-17) vemos um encontro de dois cortejos, duas posturas diante da vida, duas formas de vivência da fé: um a sair da cidade, a esconder-se, a sair para a solidão carregando a morte e o seu peso, a sua injustiça, a sua dor, a sua tragédia; o outro está a entrar na cidade, vai ao encontro, está a entrar para o meio da existência com a Vida e a vida feita confiança, esperança, alegria. Naquele vai um filho morto, uma viúva na mais terrível das solidões e muita gente. Neste vai Jesus, os seus discípulos e uma multidão.
No encontro destes dois cortejos - um de morte e outro de vida - coloquemos os olhos na acção de Jesus e encontraremos os discípulos e a Igreja que Jesus quer. Primeiro, Jesus ao ver aquela mãe compadeceu-se, comoveu-se, as suas entranhas se moveram maternalmente, divinamente e enxugou-lhe as lágrimas com a esperança e o conforto das suas palavras ("Não chores"). Depois, fez parar aquele cortejo de ostracização, de auto-negação, de auto-isolamento, de saída da cidade, do convívio, da sociedade (os que transportavam o caixão pararam ao toque de Jesus). Finalmente, porque é a Vida, sem orações, sem gestos grandiosos, mas como Senhor ordena não a morte (porque Ele não é Senhor da morte), mas o jovem a levantar-se, isto é Jesus é o Senhor da Vida, fala com o Homem, não com forças ocultas, tem para cada homem uma palavra de Vida, de conforto, de esperança que reabilita, que faz parar a marginalização, uma palavra que edifica, integra e eleva.
Eis a Igreja e o cristão que Jesus nos desafia a ser: aquele que não sai da cidade, não transporta a morte nem mensagens de morte, não se isola, mas faz parar todo o tipo de cortejo de morte (medo, pobreza, desemprego, marginalidade, solidão, desespero, desânimo, etc) e com palavras e gestos de conforto, de forma resoluta e confiante afirma e dignifica a vida. Que afirma que Deus salva e não condena; que Deus só pode dar a vida e nunca a morte; que as palavras de Deus ressuscitam e nunca fazem perecer.
O que acabei de dizer pode parecer uma evidência, um lugar comum na vida de um cristão, o centro de qualquer discurso eclesial. Mas por vezes ainda somos infelizmente surpreendidos com discursos eclesiásticos sustentados na morte, no medo, no julgamento, no castigo. Na quinta-feira, dia de Corpo de Deus, fui à missa e "apanhei" uma primeira-comunhão. Não vou falar da celebração em si (pobre, rotineira, enfadonha...), mas das palavras da longa homilia que nem dialogada com as crianças foi. Pois o que as palavras sublinharam foi o perigo de comer indignamente o corpo de Jesus, de comungar como Judas Iscariotes o fez na última ceia, de ser traidor de Jesus. Reforçou-se tudo isto com a a extraordinária exegese de que ser traidor de Jesus nos levará a acabar como Judas "esganado" numa figueira. E, terminou-se a homilia com a "pérola" de uma Santa que, sendo mãe, disse aos seus filhos: "Prefiro ver-vos mortos que a viver em pecado mortal". Estava fechado o edifício tenebroso de um sermão (sim, teve tudo de sermão ao pior estilo medieval) inqualificável. Enfim, em plena festa para dezenas de crianças teve-se um discurso de morte, de temor, de medo, de terrorismo religioso. Onde esteve o Jesus que veio para salvar? Onde esteve um Deus de Vida? Quando pararemos com estes cortejos de morte? É também por isso, que o Evangelho de hoje é fundamental. Só espero e pedi a Deus naquela hora que nenhuma daquelas crianças tivesse escutado tanta asneira, tanto paganismo, tanta negação de Jesus.
Senhor entra na nossa cidade e pára tanto cortejo de morte fora e dentro da tua Igreja.
No encontro destes dois cortejos - um de morte e outro de vida - coloquemos os olhos na acção de Jesus e encontraremos os discípulos e a Igreja que Jesus quer. Primeiro, Jesus ao ver aquela mãe compadeceu-se, comoveu-se, as suas entranhas se moveram maternalmente, divinamente e enxugou-lhe as lágrimas com a esperança e o conforto das suas palavras ("Não chores"). Depois, fez parar aquele cortejo de ostracização, de auto-negação, de auto-isolamento, de saída da cidade, do convívio, da sociedade (os que transportavam o caixão pararam ao toque de Jesus). Finalmente, porque é a Vida, sem orações, sem gestos grandiosos, mas como Senhor ordena não a morte (porque Ele não é Senhor da morte), mas o jovem a levantar-se, isto é Jesus é o Senhor da Vida, fala com o Homem, não com forças ocultas, tem para cada homem uma palavra de Vida, de conforto, de esperança que reabilita, que faz parar a marginalização, uma palavra que edifica, integra e eleva.
Eis a Igreja e o cristão que Jesus nos desafia a ser: aquele que não sai da cidade, não transporta a morte nem mensagens de morte, não se isola, mas faz parar todo o tipo de cortejo de morte (medo, pobreza, desemprego, marginalidade, solidão, desespero, desânimo, etc) e com palavras e gestos de conforto, de forma resoluta e confiante afirma e dignifica a vida. Que afirma que Deus salva e não condena; que Deus só pode dar a vida e nunca a morte; que as palavras de Deus ressuscitam e nunca fazem perecer.
O que acabei de dizer pode parecer uma evidência, um lugar comum na vida de um cristão, o centro de qualquer discurso eclesial. Mas por vezes ainda somos infelizmente surpreendidos com discursos eclesiásticos sustentados na morte, no medo, no julgamento, no castigo. Na quinta-feira, dia de Corpo de Deus, fui à missa e "apanhei" uma primeira-comunhão. Não vou falar da celebração em si (pobre, rotineira, enfadonha...), mas das palavras da longa homilia que nem dialogada com as crianças foi. Pois o que as palavras sublinharam foi o perigo de comer indignamente o corpo de Jesus, de comungar como Judas Iscariotes o fez na última ceia, de ser traidor de Jesus. Reforçou-se tudo isto com a a extraordinária exegese de que ser traidor de Jesus nos levará a acabar como Judas "esganado" numa figueira. E, terminou-se a homilia com a "pérola" de uma Santa que, sendo mãe, disse aos seus filhos: "Prefiro ver-vos mortos que a viver em pecado mortal". Estava fechado o edifício tenebroso de um sermão (sim, teve tudo de sermão ao pior estilo medieval) inqualificável. Enfim, em plena festa para dezenas de crianças teve-se um discurso de morte, de temor, de medo, de terrorismo religioso. Onde esteve o Jesus que veio para salvar? Onde esteve um Deus de Vida? Quando pararemos com estes cortejos de morte? É também por isso, que o Evangelho de hoje é fundamental. Só espero e pedi a Deus naquela hora que nenhuma daquelas crianças tivesse escutado tanta asneira, tanto paganismo, tanta negação de Jesus.
Senhor entra na nossa cidade e pára tanto cortejo de morte fora e dentro da tua Igreja.
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